Covid: de irrelevâncias estatísticas está o inferno cheio
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, queixou-se de “irrelevância estatística”, condenando a decisão do governo britânico em retirar Portugal da lista “safe” de destinos por causa da variante nepalesa do Covid.
Quem com ferro mata, com ferro morre.
De irrelevâncias ou baixos significados estatísticos está a realidade Covid cheia em Portugal.
Quando se olhou para os números foi quase sempre de forma enviesada, por causa da variável emocional do medo.
O famoso índice Rt, que coloca em zona vermelha valores superiores a 1, e a taxa de incidência, superior a 120 casos de Covid por 100 mil habitantes, são as bases que ainda hoje vigoram.
Ora, estão ao nível da matriz do medo exacerbado, que serviu de base à decisão britânica.
No Reino Unido como em Portugal, os políticos têm um receio mórbido de se queimarem com as políticas Covid.
Um sentimento que ainda é maior quando antes erraram por defeito, como no caso de Boris Johnson, que em março de 2020 brincava com o Covid, e de António Costa, quando escancarou o Natal aos portugueses para ganhar votos.
Depois, porque erraram por defeito, ficam com pavor dos eleitores e começam a errar por excesso.
Último apontamento. A incoerência gritante do governo português tem novamente como base um tratamento desigual entre ingleses e portugueses.
A mesma estatística continua a limitar os portugueses mas, segundo o governo de António Costa, devia abrir as portas do país aos ingleses. Como aconteceu na final da Super League no Porto.
Augusto Santos Silva devia saber que não nos devemos meter com os números porque… eles confessam sempre.