As jóias da coroa mais antigas da Grã-Bretanha podem voltar a ser só escocesas
É a grande atracção do Castelo de Edimburgo, na Escócia: a coroa real feita para Jaime V da Escócia e usada pela primeira vez em 1540 na coroação de Maria de Guise, mulher daquele e mãe da futura Maria Stuart, também coroada com a hoje relíquia do Castelo de Edimburgo.
Maria Stuart, certamente a personalidade histórica escocesa mais conhecida no mundo foi coroada em 1543 no castelo de Stirling. Para além da Coroa, um ceptro e uma espada, constituem as Jóias da Coroa escocesa, também designadas como “Honras da Escócia”.
As jóias da coroa escocesa pertenceram à Escócia até 1707, data da união com a Inglaterra, e têm sido sido usadas na coroação de monarcas britânicos até à actualidade. Quando Isabel II foi coroada rainha em 1953, as jóias da coroa escocesa fizeram parte do cerimonial. Noutras ocasiões, Isabel II também esteve com a coroa mas o facto é que nunca a colocou na cabeça. Especialistas nos assuntos da monarquia britânica dizem que a coroa é muito pesada mas há quem garanta que é para não ferir as susceptibilidades dos escoceses mais autonomistas.
No próximo ano vai realizar-se a 23 de Outubro um novo referendo sobre a independência da Escócia, permitindo ao eleitorado europeísta escocês, que rejeitou o “Brexit”, alimentar esperanças de um regresso à União Europeia.
Algumas sondagens dão a vitória ao “sim” à independência, o que a confirmar-se nas urnas tornariam de novo as Jóias da Coroa apenas escocesas.