Ditadores distinguidos com ordens honoríficas portuguesas
Não receberam a Ordem da Liberdade, como agora vai ser atribuída ao presidente ucraniano Volodomyr Zelenski, mas já depois da democracia instaurada no 25 de Abril de 1974 foram condecorados como chefes de Estado com a Ordem do Infante Dom Henrique e a Ordem de Santiago e Espada. São hoje, na memória histórica, considerados como ditadores que alimentaram guerras, plutocratas, líderes autoritários.
O presidente romeno Nicolau Ceaucescu é o ditador mais conhecido já condecorado. Foi distinguido com a Ordem de Santiago e Espada em 14 de Outubro de 1975.
O presidente do então Zaire, Mobutu Sese Zeko, recebeu a Ordem do Infante Dom Henrique em 12 de dezembro de 1984.
O presidente do Egipto, Hosni Mubarak, militar deposto na Primavera árabe do Egipto na Praça Tahir, em 2011, foi distinguido também com a Ordem do Infante D. Henrique em 19 de Agosto de 1983.
O presidente angolano José Eduardo dos Santos foi condecorado com duas Ordens, a primeira em 25 de janeiro de 1988, com a Ordem do Infante Dom Henrique, e a segunda em 9 de Março de 1996, com a Ordem de Santiago e Espada.
O presidente ucraniano, Leonid Kutchma, autoritário e acusado de atentados à liberdade de imprensa, foi condecorado com a Ordem do Infante Dom Henrique em 3 de fevereiro de 1999.
O presidente Josip Tito da Jugoslávia foi condecorado com a Ordem do Infante Dom Henrique em 2 de Abril de 1978 .
O presidente brasileiro Ernesto Geisel, um dos generais da ditadura brasileira, foi condecorado duas vezes, uma em 1 de Junho de 1977 com a Ordem de Santiago e Espada e outra em 13 de Fevereiro de 1979 com a Ordem do Infante Dom Henrique.