A Corrente de Constantinopla
O império bizantino criou uma gigantesca corrente de metal de 750 metros de comprimento no século IX D.C, colocada nas águas do Bósforo, na entrada para a cidade de Constantinopla, como defesa contra invasores, impedindo de navegar as frotas de ataque.
Foi Leão III o mentor desta obra de engenharia para enfrentar os invasores árabes do califado omíada em 717. v. C. , estendendo-a à entrada do canal do Corno de Ouro.
A frota árabe, muito mais poderosa e com mais navios foi penetrando nas águas do Bósforo mas quando já estava perto da Foz do Corno de Ouro e frente a Constantinopla, Leão III ordenou o levantamento da corrente e fez um ataque devastador às forças árabes sitiadas, obtendo uma vitória retumbante.
Em 940 d. C., o príncipe Rus, Igor de Kiev, lançou um grande ataque contra Constantinopla. Bem conhecedor da corrente, transportou sua frota por terra, mergulhando-os depois na extremidade do Corno de Ouro, transpondo a corrente. Por ironia, depois do engenho e do esforço, as forças de de Igor foram derrotadas.
O sultão otomano Mehmed II, o conquistador de Constantinopla em 1453 DC, teve sorte distinta. Fez várias tentativas para destruir a corrente, todas infrutíferas, mas depois utilizou a táctica de Igor, transpondo a frota por terra até à extremidade do Corno e venceu os bizantinos.
Partes da corrente pertencem hoje aos acervos dos Museus da Marinha e Militar de Istambul, a antiga Constantinopla.