Américo Tomás bem vivo em lápide na Doca de Pedrouços
É mais uma memória recôndita do antigo regime de Salazar e Marcelo Caetano que o Objectivo mostra aos leitores, após as referências a Salazar e Óscar Carmona no cais das Colunas, no Terreiro do Paço (em artigo publicado a 16 de Abril de 2021). Um registo irónico, na senda da recente polémica com a hipótese de levantamento dos brasões da Praça do Império.
Na Doca de Pedrouços, em frente ao Centro Clínico Champalimaud, em Lisboa, está um monumento com uma lápide que assinala a inauguração das instalações.
A lápide diz o seguinte: “Porto de Lisboa Instalações de Pesca de Pedrouços inauguradas pelo Chefe do Estado Almirante Américo Deus Rodrigues Thomaz em 29 de Junho de 1966”. Há precisamente 55 anos.
O Diário de Lisboa fez na altura a reportagem desse momento, em edição do jornal do próprio dia 29.06.1966, com o título: “O Porto de Pfesca instalado em Pedrouços fica a funcionar a partir de hoje”:
“Para assinalar a cerimónia desta tarde, presidida, como dissemos, pelo sr. almirante Américo Thomaz, foi colocada no local uma placa comemorativa. Foram convidados a assistir ao acto, além dos membros do Governo, directores-gerais de Ministérios, dirigentes dos organismos das pescas, do porto de Lisboa e da empresa concessionária do novo conjunto, muitas individualidades lufadas aos assuntos económicos, nomeadamente armadores. O cónego dr. Correia de Sá (Asseca) , em representação do arcebispo de Mitilene, foi designado para lançar a benção ás novas instalações e á imagem de S. Pedro Goncalves – patrono dos pescadores de Lisboa – junto do sector dos Serviços Sociais. Além da sessão solene, no edifício central, o programa da inauguração inclui uma festa, á noite, em honra a S. Pedro e dedicada aos pescadores e suas famílias”.
Américo Tomás foi Presidente da República entre 9 de Agosto de 1958 e 25 de Abril de 1974.