O chicote de José Magalhães
José Magalhães é useiro e vezeiro no chicote. Insinuou que Paulo Rangel, após este confessar a sua homossexualidade, frequentava casas bondage e sado-masoquistas em Bruxelas. Bufarias de Magalhães anti-burguesas, de quem andou muito tempo pelo PCP, formado no estalinismo e na homofobia.
Magalhães tem muitos anos de chicotadas.
Há poucos meses, Magalhães chicoteou os desinformadores com o já famigerado artigo 6º da Carta dos Direitos Humanos da Era Digital (cujo mentor foi ele), que vai dar processo pidesco na Entidade Reguladora da Comunicação Social. Até iludiu muitos deputados incautos que aprovaram a lei de olhos fechados, já em vigor mas agora no Tribunal Constitucional para apreciação da inconstitucionalidade do artigo 6º.
Em 2005, quando era secretário de Estado da Administração Interna, Magalhães chicoteou o então presidente do Sindicato dos Profissionais de Polícia, António Ramos, e outros dirigentes sindicais das polícias.
Com a luta dos polícias ao rubro por melhores condições salariais contra o então governo socialista liderado pelo primeiro ministro José Sócrates, António Ramos ameaçou que mandava Sócrates para o Quénia, já as férias de luxo do animal feroz começavam a ser badaladas. O que era então diferente eram os amores socialistas por Sócrates, de muito governante actual que foge dele como da lepra, a começar em António Costa.
Magalhães, que nasceu para a democracia quase aos 40 com o golpe de Boris Pugo contra Mikhail Gorbatcov em Agosto de 1991 não fez a coisa por menos e por despacho estalinista aposentou compulsivamente António Ramos com mulher e filhos para sustentar. Por delito de opinião, ainda por cima, sindical, disfarçado de direito laboral.
António Costa que era o ministro da Administração Interna da altura apoiou totalmente o despacho do seu secretário Magalhães. Não é de admirar porque a centelha do hoje primeiro-ministro é a mesma de Magalhães: forte com os fracos e fraco com os fortes.
António Ramos recorreu, claro, aos tribunais e ganhou o processo em 2014, obtendo a reintegração na PSP, o que representou mais uma chicotada de Magalhães, desta vez nos cofres do Estado e no contribuinte. O ex-dirigente sindical pede também uma indemnização no valor de 200 mil euros por danos morais e outros danos patrimoniais, processo que ainda não se encontra concluído.
Boa Paulo, os tiques totalitários são muito difíceis de perder. É só esperar pela primeira oportunidade que vêm logo a cima e o PS está cheio deles, já para não falar do PCP …